sábado, 30 de abril de 2011

Os Truká

Emanuella de Souza Ribeiro e Gabriella de Souza Ribeiro[1]

Truká é um grupo indígena que vive na Ilha de Assunção perto do rio São Francisco no municípo de Cabrobó no estado de Pernambuco. Sua população é estimada em 3.463 membros e seu território com uma superfície de 5.769ha.
Os Truká tiveram suas terras tomadas desde pelo menos o século XVIII por poderes municipais, eclesiásticos e posteriormente estaduais. Atualmente essa comunidade indígena luta pelo reconhecimento oficial de seu território, pela expulsão de pessoas que tomaram suas terras e contra os narcotraficantes, pois está localizada no chamado “Polígono da Maconha”.
           Suas principais atividades produtivas estão voltadas para a agricultura e a pesca.Eles cultivam produtos como : milho, cebola, arroz, manga, macaxeira, mandioca, goiaba, coco, coentro, alface, tomate, melancia, pimentão, pimentinha, cachi, cenoura e beterraba.
Cachi:


Curiosidade: Quando eles dizem: ‘só milho!’ é uma expressão de que está tudo bem”.

           Desde pelo menos a década de 70, os Truká reclamam da exaustão do solo. Cerca de 40% das terras estão improdutivas por causa da algaroba, do adubo, dos agrotóxicos, das queimadas. Outra coisa que está destruindo é o arroz! Por que ele precisa de muita água e esse desperdício de água estraga o solo todo.
          O mundo, para os Truká, é povoado de Encantados, que são seus ancestrais convertidos em seres espirituais e fortemente associados a elementos da natureza. Na comunidade, aqueles que têm contato com os Encantados são os “mestres de aldeia” e “juremeiros”. Através deles, os indígenas possuem o conhecimento e as informações de como devem proceder e as medidas e os cuidados que devem tomar.
            Mas, esse grupo passa pelo longo processo de luta pelo território, que até o momento ainda não foi totalmente resolvido, sendo alvos de inúmeros conflitos e violência entre eles.
           Como é o caso da Comunidade Truká, alocada em Sobradinho, BA, dispersa em cidades como Salvador e Juazeiro, isso porque houve um assassinato em Cabrobó de uma liderança e a família de Rita Properina fugiu para Salvador, BA e depois para Juazeiro, BA, chegando em 2005, na área que ocupam até o momento, segundo depoimento.
Por isso, é de fundamental importância valorizar e reconhecer a identidade dos indígenas, para uma melhor compreensão das nossas origens étnicas e culturais. Pois fazendo isso não só se resgata valores étnico-culturais, mas também é assegurar os direitos desse povo.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
Barbosa (2004, p. 44. BARBOSA, Mércia Rangel. O desencantamento da aldeia. Exercício antropológico a partir do Relatório Circunstanciado de Identificação e Delimitação da Terra Indígena Truká. Revista de Estudos e Pesquisas, v1, n2, p. 157-247, dez. 2004.



[1] Alunas do 3º ano do Ensino Médio Integrado em Informática do IF SERTÃO PE, Campus Petrolina. 

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