sábado, 30 de abril de 2011

Os Nativos

Daniella dos A. Rodrigues; Fernanda Hohana A. e Sá; Janaira D. da Silva; Jhennif A. de Almeida; Lorena Vitória Rodrigues; Lucas Sued C. de Araújo e Marcos Roberto P. Martins.[1]

O primeiro contato dos índios brasileiros com o Homem branco foi no ano de 1500, quando os portugueses “descobriram o Brasil“, o espanto deu-se a ambas as partes, por serem seres de culturas e mundos completamente distintos.
            Nessa época viviam aproximadamente 3 milhões de índios, separados em diferentes tribos, nessas tribos os índios tinham os mesmo direitos e recebiam os mesmos tratamentos.
      Eles viviam da caça, da pesca, da agricultura, domesticavam animais de pequeno porte das terras onde viviam. O trabalho na tribo era realizado por todos, entretanto possuía uma divisão por sexo e idade.  Vale salientar que os índios respeitavam muito o meio ambiente, retirando dele somente o necessário para a sua sobrevivência.
Muito da cultura indígena variava de tribo para tribo, por exemplo no idioma  e na religião, os índios possuíam crenças religiosas diferentes, mas no geral cultuavam deuses da natureza. A educação se dava pelos mais velhos, os meninos aprendiam com os homens,geralmente com o pagé, os seus deveres como a proteção da sua tribo. Já as meninas aprendiam os deveres domésticos e também a agricultura.
    
          A maior parte das informações que temos sobre os índios daquele período é através dos documentos deixados pelos padres jesuítas e pela  Carta de Pero Vaz de Caminha que relata na visão européia como eram esses nativos.

Trechos da carta de Pero Vaz de Caminha
(...) Eram pardos, todos nus, sem coisa alguma que cobrisse sua vergonhas. Nas mãos traziam arcos com sua setas. Vinham todos rijamente sobre o batel, e Nicolau Coelho lhes fez sinal que posassem os arcos. E eles os pousaram (...) A feição é serem pardos, maneira de avermelhados, de bons rostos e bons narizes, bem feitos (...) Não fazem o menor caso de encobrir ou mostrar suas vergonhas; e nisso têm tanta inocência como em mostrar o rosto. Ambos traziam os beiços de baixo furados e metidos neles seus ossos brancos e verdadeiros, do comprimento de uma mão travessa, da grossura dum fuso de algodão, agudo nas pontas como furador (...) Os cabelos são corredios. E andavam tosquiados, de tosquia alta (...) E um deles trazia por baixo da solapa, de fonte a fonte para trás, uma espécie de cabeleira de penas de aves amarelas (...) Isto me faz presumisse que não têm casas nem moradas a que se acolham, e o ar, que se criam, os faz tais. Nem nós ainda até agora vimos casa alguma ou maneira delas (...)
(...) Eles não lavram, nem criam. Não há aqui boi nem vaca, nem cabra, nem ovelha, nem galinha, nem qualquer outra alimária, que costumada seja ao viver dos homens. Nem comem senão desse inhame, que aqui há muito, e dessa semente de frutos, que a terra e as árvores de si lançam, e com isto andam tais e tão rijos e tão médios que o não somos nós tanto com quanto trigo e legumes comemos (...)
                                                                                               (Pero Vaz de Caminha)

Dizimação dos índios


Desembarque de Cabral no Brasil em 1500


Índios brasileiros em 1500





[1] Alunos do 2º Química do Ensino Médio Integrado do IF SERTÃO PE, Campus Petrolina.

Referências bibliográficas:


Os Truká

Emanuella de Souza Ribeiro e Gabriella de Souza Ribeiro[1]

Truká é um grupo indígena que vive na Ilha de Assunção perto do rio São Francisco no municípo de Cabrobó no estado de Pernambuco. Sua população é estimada em 3.463 membros e seu território com uma superfície de 5.769ha.
Os Truká tiveram suas terras tomadas desde pelo menos o século XVIII por poderes municipais, eclesiásticos e posteriormente estaduais. Atualmente essa comunidade indígena luta pelo reconhecimento oficial de seu território, pela expulsão de pessoas que tomaram suas terras e contra os narcotraficantes, pois está localizada no chamado “Polígono da Maconha”.
           Suas principais atividades produtivas estão voltadas para a agricultura e a pesca.Eles cultivam produtos como : milho, cebola, arroz, manga, macaxeira, mandioca, goiaba, coco, coentro, alface, tomate, melancia, pimentão, pimentinha, cachi, cenoura e beterraba.
Cachi:


Curiosidade: Quando eles dizem: ‘só milho!’ é uma expressão de que está tudo bem”.

           Desde pelo menos a década de 70, os Truká reclamam da exaustão do solo. Cerca de 40% das terras estão improdutivas por causa da algaroba, do adubo, dos agrotóxicos, das queimadas. Outra coisa que está destruindo é o arroz! Por que ele precisa de muita água e esse desperdício de água estraga o solo todo.
          O mundo, para os Truká, é povoado de Encantados, que são seus ancestrais convertidos em seres espirituais e fortemente associados a elementos da natureza. Na comunidade, aqueles que têm contato com os Encantados são os “mestres de aldeia” e “juremeiros”. Através deles, os indígenas possuem o conhecimento e as informações de como devem proceder e as medidas e os cuidados que devem tomar.
            Mas, esse grupo passa pelo longo processo de luta pelo território, que até o momento ainda não foi totalmente resolvido, sendo alvos de inúmeros conflitos e violência entre eles.
           Como é o caso da Comunidade Truká, alocada em Sobradinho, BA, dispersa em cidades como Salvador e Juazeiro, isso porque houve um assassinato em Cabrobó de uma liderança e a família de Rita Properina fugiu para Salvador, BA e depois para Juazeiro, BA, chegando em 2005, na área que ocupam até o momento, segundo depoimento.
Por isso, é de fundamental importância valorizar e reconhecer a identidade dos indígenas, para uma melhor compreensão das nossas origens étnicas e culturais. Pois fazendo isso não só se resgata valores étnico-culturais, mas também é assegurar os direitos desse povo.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
Barbosa (2004, p. 44. BARBOSA, Mércia Rangel. O desencantamento da aldeia. Exercício antropológico a partir do Relatório Circunstanciado de Identificação e Delimitação da Terra Indígena Truká. Revista de Estudos e Pesquisas, v1, n2, p. 157-247, dez. 2004.



[1] Alunas do 3º ano do Ensino Médio Integrado em Informática do IF SERTÃO PE, Campus Petrolina. 

Pankararu

Diego Alves Silva e Ruana Tamires de A. R. Amorim.[1]


            O Grupo indígena Pankararu ou Pankaru habita o sertão do São Francisco. Atualmente a população é estimada em 4.146 índios, ocupando uma área de 14.294 há.
Naturalmente, as áreas mais férteis foram ocupadas inicialmente, razão pela qual o Brejo dos Padres, um pequeno vale onde se encontram inúmeras fontes d’água e a partir do qual se espalhou a população, permaneceu como centro da reserva. Levando-se em conta a população atual e a sua necessidade de terra agriculturável, o Brejo dos Padres é uma localização muito pequena, onde, além de roçados, destaca-se, principalmente, grande quantidade de fruteiras e a maior concentração de população da reserva. Ao lado da igreja existe algumas habitações que delimitam o pátio onde se desenvolvem os festejos populares de cunho religioso.
Do outro lado das serras que formam o vale, onde se localiza o Brejo dos Padres, está situada a Tapera, segunda localidade mais importante do ponto de vista de ocupação espacial. Na Tapera existem fontes d’água, uma fruticultura bastante desenvolvida e sua paisagem é marcada pela vegetação exuberante própria dos pés-de-serra; a área de terra agricultavel é bem maior do que a do Brejo.
Serrinha, Marreca, Caldeirão, Bem-Querer e Cacheado são outras localidades mais importantes e onde a agricultura é mais desenvolvida. Atualmente, Caldeirão, Bem-Querer e Cacheado são focos de conflitos com posseiros não índios, pela posse da terra.
SITUAÇÃO DA TERRA
A referência histórica mais antiga e precisa sobre este grupo data do surgimento da antiga vila de Tacaratu no século XVII. Sabe-se que a atual sede do município foi primeiro uma maloca ou ajuntamento de índios Pankararu, denominada Cana Brava.
Em 1855, a população da aldeia era de 580 índios, reduzidos em 1861, a apenas 270. Nesta mesma época foi registrada a presença de posseiros brancos nas terras doadas aos índios por carta Régia de data ainda imprecisa.
SITUAÇÃO SÓCIO-ECONÔMICA
A base da economia Pankararu é a agricultura e a comercialização do que é produzido, sendo complementada por alguma atividade artesanal ou de transformação.
Toda a produção é fruto do trabalho do núcleo familiar, inclusive de crianças, e ao contrário de outros grupos, não se ouviram notícias de "índios sem terra". No entanto, há casos raros de índios que, por conta da idade avançada ou pela ausência de filhos, não tem roça. Foram encontrados alguns velhos em estado de quase indigência, sobrevivendo de algum trabalho artesanal, como cestos feitos de cipó, ou de favores de outras famílias.
O trabalho da terra é atividade predominantemente masculina e ocupação principal do chefe da família, havendo, entretanto, participação da mulher e filhos nas épocas de plantio e colheita. O artesanato Pankararu emprega, quase que exclusivamente, mão de obra feminina na feitura de abanos, cestos, bolsas (cipó), vassouras, mantas e potes de barro. O trabalho das mulheres envolve a coleta, o tratamento e uso de cipós, de palha do ouricuri e da fibra do caroá, materiais básicos usados no artesanato.
Em relação a educação escolar, a área é dotada de escolas de alvenaria com professores índios contratados pela FUNAI e pelas Prefeituras, atendendo as crianças de 1ª a 4ª série. Após concluírem o 1º grau menor os estudantes se deslocam para as sedes dos municípios para dar continuidade aos estudos.

MANIFESTAÇÕES CULTURAIS
Próprio nome pelo qual o grupo indígena Pankararu é identificada - o Brejo dos Padres - evidencia o papel desempenhado por missionários católicos, responsáveis pela fixação definitiva da tribo no local onde vive.
Em conseqüência deste trabalho missionário, os Pankararu cultuam a religião católica e observam o calendário de festejos populares de cunho religioso, no mesmo estilo das populações sertanejas. Paralelamente e com igual fervor, eles mantêm rituais, danças e folguedos da cultura indígena.
Este mesmo entusiasmo, pelo que foi visto e pelas declarações obtidas, é dedicado aos festejos de caráter completamente diverso daquele da Igreja Católica: são as crenças, os rituais e as danças indígenas. Em relação a estas manifestações eles guardam uma certa reserva. Foi no entanto, possível identificar uma série de rituais, sendo o toré o realizado com maior frequência.
O Toré é dançado ao ar livre por homens, mulheres e crianças, em qualquer época do ano, dependendo apenas da disposição da comunidade. Para os Pankararu, o Toré é uma expressão de contentamento, um folguedo a que se entregam freqüentemente "se a vida não estiver muito difícil pela falta de chuva". Dança-se, de preferência, nos fins de semana "sem hora para terminar, varando noite e dia" em certas ocasiões.
Existe um ritual Pankararu chamado "Praiá" que celebra a iniciação dos meninos, em torno dos doze anos, nos segredos da seita, sendo os praiás os componentes desta sociedade secreta e protetores espirituais do grupo. A cerimônia tem lugar num rancho previamente armado para este fim, onde a criança, pintado de branco e vestida de palha de ouricuri, é disputada por dois grupos, um formado por protetores mágicos e o outro pelos padrinhos. Trava-se uma luta que termina com a vitória dos sacerdotes e a destruição do rancho. No final, entre danças e cantos, a criança é conduzida a presença do sexo feminino. Da descrição feita por uma índia no Brejo dos Padres, deduz-se que a cerimônia, hoje, está muito modificada ou, a exemplo do cacique da tribo, a declarante não quis expor os segredos dos “trabalhos que a gente faz só prá nós mesmos”. Segundo o seu relato, a festa é chamada "menino do rancho" e é dedicada a Mãe D’água que ameaça roubar a criança. Temendo perder a criança, a mãe promove a festa para apaziguar a Mãe D’água. Os Praiás, que são em número de vinte e dois, são os padrinhos secretos da criança e escondem a sua identidade com longas vestes, cobrindo totalmente os seus corpos. O ritual culmina com a destruição do rancho, enquanto os participantes dançam o toré. No final, um banquete é servido a todos pela mãe da criança.
A "Festa do Umbu" tem acentuado espírito desportivo; nela os índios demonstram sua força e destreza. A cerimônia é realizada no começo do ano, quanto aparecem os primeiros frutos do umbuzeiros. O primeiro fruto encontrado é trazido "ao dono do terreiro poente" e preso a um fio entre duas forquilhas. Os índios, pintados de branco, usando vestes de palha de ouricuri ou caroá, armados de arco e flecha, tentam um a um, flechar o umbu. Aquele que consegue, recebe como prêmio um resistente cipó. Começa então a prova do puxamento do cipó, na qual um grupo ao lado do nascente procura arrastar outro colocado ao lado do poente.
Outras danças, no entanto, nada têm de violência. Na "Dança dos Bichos", por exemplo, os ganhadores são os que melhor conseguem representar os movimentos de animais como o porco, o cachorro, a formiga e o sapo.
São nas danças e rituais que parecem ter resistido os traços mais fortes da cultura dos índios Pankararu. Do dialeto do grupo, existem vestígios nos cânticos que acompanham as danças e notícias de raros índios mais idosos capazes de falar em sua língua ancestral.




sexta-feira, 29 de abril de 2011

TRIBO TUXÁ

Carlos Eduardo Cosmo e Marina Tito Pereira[1]
Habitantes do Brasil mesmo antes da colonização, o povo Tuxá resistiu ao extermínio e à penetração pecuarista no Nordeste do país. Com População de aproximadamente 929 índios, donos de mais de 30 ilhas, no Rio São Francisco, viveram nos últimos anos na Ilha da Viúva em Rodelas (BA).
Segundo Nasser & Cabral (1974) e Sampaio-Silva (1997), os Tuxás, provavelmente é uma junção de diferentes etnias. As práticas agrícolas são de subsistência, com o plantio de mandioca, feijão, milho e verduras, nas ilhas próximas a Rodelas, inclusive na Ilha de Assunção, mas na área ocupada pelos indígenas há também posseiros brancos.
Foi fundada uma missão na Ilha de Assunção para aldeamento de indígenas de diversas etnias, por volta de 1722. Com a extinção das aldeias em 1879, seus habitantes passaram a viver em bandos, inclusive na própria ilha. Por volta de 1981, a FUNAI e o Governo de Pernambuco tentaram instituir uma reserva indígena para os indígenas habitantes da ilha, denominados de Truká. Alguns estudiosos denominam Os Tuká e Truká de índios canoeiros, remanescentes das Aldeias de Assunção e de Santa Maria. E os Tuxás definem que Truká significaria “filhos de tuxá”.
A aldeia dos Tuxás com a construção da barragem de Itaparica, em 1988, foi inundada e os índios tiveram que serem transferidos para três áreas distintas: ‘nova cidade de Rodelas, Ibotirama e Inajá’, ficando apenas lembranças da Ilha que habitavam, pois perderam suas roças, plantações de várzea, árvores frutíferas, hortaliças e criação de animais. De uma hora para outra os Tuxá perderam a dignidade e foram obrigados a mudar a própria cultura. Segundo o cacique João Batista Tuxá eles são exemplos vivo de descaso com os povos indígenas.
Apesar de cada família ter recebido R$ 31 mil como compensação a humilhação de ter saído de suas terras (reconhecido pela justiça em 2004 como danos morais) e da atitude tomada pela CHESF de pagar R$ 461,00 a cada família para compensar a falta do chão propício a uma agricultura e a falta do rio; os índios se viam insatisfeitos, pois não ganharam o mais importante (a terra), para eles era impossível falar de índio sem terra ou rio.
O que restou da tradição dos Tuxá foi os seus rituais: O Toré e o Particular (sinal de identidade étnica e coesão tribal).
O Toré é um ritual de cantos sagrados em que os índios desenvolvem o sentimento de integração, amor, união e força para sustentar sua cultura, envolvendo a natureza, animais e plantas, o vento, a terra, o fogo e as águas. O objetivo principal é buscar uma conexão com a energia divina. (manifestação pública e coletiva, aberta à participação de todos os índios).
O particular é uma cerimônia mais fechada, restrita aos adultos Tuxá casados, homens e mulheres, utilizam a jurema e o fumo com mais intensidade.


Referências Bibliográficas



[1] Alunos do 3º Informática do Ensino Médio Integrado do IF SERTÃO PE, Campus Petrolina.

Historia da colonização do sertão e resistência indígena nos séculos XVII e XVIII

Anita Danielly C. Machado; Ellivania C. Torres; Lara Bianca L. dos Santos; Kezya Myrely F. de S. Oliveira e Waldemar Nícolas de S. Santana.


De acordo com a história oficial, a descoberta do país se deu quando os portugueses chegaram ao Brasil, mas como eles poderiam considerar descoberto um lugar no qual já existiam homens? Os colonos viram nos índios apenas mão de obra a ser explorada e quanto às mulheres eram usadas como objetos sexuais.
O Sertão era algo desconhecido, para alguns, pobre de riqueza. Alguns estudiosos explicitaram suas opiniões através de pesquisas sobre a colonização do sertão, de acordo com Gilmar Arruda (Professor de Historia),
“a idéia de sertão serviu, no período colonial brasileiro, como parâmetro para representar espaços simbólicos dicotômicos. Dessa maneira, a idéia de sertão era uma forma de nomear o desconhecido, sendo considerado como um lugar inóspito e desconhecido, terra a desbravar, região habitada por selvagens bárbaros. Ou seja, o litoral ocupado pela colonização seria o lócus da civilização, enquanto as áreas distantes e ainda não conhecidas e colonizadas seriam representadas pela idéia de sertão. o sertão representava também, toda uma área ainda não ocupada pela colonização que equivalia nos séculos XVII e XVIII às mesorregiões que conhecemos hoje como Cariri, Seridó, Brejo e Curimataú, além, da própria mesorregião denominada Sertão.”
A antropóloga Cristina Pompa deu sua opinião do que passaria a ser o sertão sendo colonizado: com a colonização do sertão, o mesmo passaria de ‘’lugar físico’’ passaria do plano do “vazio e desconhecido” para um “espaço concreto e compreensível.”
Ambos profissionais deram opiniões a serem observados, Gilmar Arruda com suas pesquisas diz que apenas o conhecido era civilizado, onde seria o sertão era ocupada por homens bárbaros, já a antropóloga Cristina Pompa diz que o local passaria de um local oco e desconhecido para um local compreensível.
Os colonizadores viram no sertão uma área para plantio de cana-de-açúcar, este plantio se deu por conta do açúcar ter um grande valor comercial na Europa. Depois da adaptação da planta foram atribuídas as terras plantações em grandes proporções e para um melhor desenvolvimento foi importado gado para os engenhos. Os portugueses viram ali um grande aumento de tais animais onde foram obrigados a determinar uma área de criação de gados separados dos engenhos. A limitação determinada para o plantio era mais próxima do litoral, por volta de 60 km, o restante do sertão foi destinado aos criadores de gado onde começou a colonização do sertão.
Os portugueses precisando de mão de obra barata, viu nos índios a solução de tal problema, porem os mesmos se opuseram a fazer trabalhos forçados, tentaram então escravizá-los , mais em vão, os vermelhos eram considerados homens selvagens,livres e eram portadores de ingenuidade.Os “nativos” eram vistos também como obstáculos  à prosperidade da Colônia.
Para revidar aos confrontos criados pelos portugueses os índios passaram a atacar as vilas colonizadas, fazendas e plantações.
            A região em torno do rio São Francisco foi palco de disputas durante todo o período colonial, batalhas relacionadas a TERRA,terras que foram roubadas dos seus verdadeiros donos, os índios.As batalhas travadas eram conhecidas como “Guerras Bárbaras”,esse nome carrega sangue em sua historia,os índios apesar de serem mais numerosos e terem seus armamentos perdiam as disputas por não serem portadores de armas de fogo como os seus inimigos.
Apesar de toda essa fatalidade, de inúmeras mortes houve portugueses que se familiarizassem com os nativos e os nativos com eles, alguns ficando até em um convívio mais alem do esperado, sendo abrigados pelos índios. Desse convívio entre homens brancos e homens vermelhos, resolveu-se trazer para o Brasil mais mão de obra, além dos índios, trouxe os negros e então a miscigenação entre povos índios, portugueses e negros.

*Informações:
Naquela época viviam no sertão aproximadamente seis tribos indígenas:
Aikum
Kambiwá
Kapinawá
Pipipá
Truká
Tuxá


Estados que compõe o sertão brasileiro:
Bahia
Rio Grande do Norte
Uma pequena parte do Sergipe
Pernambuco
Piauí
Uma pequena parte de Alagoas
Paraíba
Ceará
Atinge o norte e o noroeste de Minas Gerais







Referências biblográficas:

Atikum


Anny Cristinny Freire Barbosa e Igor A. Santana[1]

            O Grupo Indígena Atikum é denominado também de Atikum-Umã. Estão localizados na serra das Crioulas e Umã, na área do município de Carnaubeira da Penha, em Pernambuco. A população é estimada em 5.139 indivíduos.
       São conhecidos como os "caboclos da Serra do Umã", do sertão de Pernambuco, aprenderam a dançar o toré com seus vizinhos Tuxá. No início dos anos 40, procuraram o Serviço de Proteção aos Índios, dando início ao processo de seu reconhecimento oficial como grupo indígena. Os Atikum são falantes apenas do português.




            Habitam uma área com solo argiloso, na serra do Umã, com vegetação predominantemente arbustiva, sendo que em alguns trechos despontam árvores de maior porte. As capoeiras são uma constante na paisagem local. Quanto à fauna, destacam-se gaviões, corujas, tiús, pebas, tatus, cangambás, cobras, preás, tamanduás, caititus e jacus. Tais animais, com exceção dos dois primeiros, são frequentemente caçados, com cachorros e espingardas pelos habitantes da área. O criatório doméstico é de galinhas, bodes, vacas, carneiros e porcos.  Dos frutos silvestres, destacam-se o umbu e o maracujá. As frutas cultivadas são as seguintes, por ordem de quantidade: banana, manga, caju, mamão, pinha, goiaba, jaca, coco, laranja, limão. Há uma boa produção de mel também.
A agricultura, base da economia Atikum, faz com que as roças de mandioca, fava, milho, feijão, arroz, mamona e algodão sejam também uma constante na paisagem da Serra do Umã. Acrescenta-se a isso o plantio de maconha (Cannabis sativa) que, apesar de não fazer parte de uma agricultura Atikum, soma-se ao panorama geral, uma vez que as serra bem como os municípios de Carnaubeira da Penha e Floresta se inserem no chamado "polígono da maconha", que engloba vários municípios do sertão pernambucano.
A localização da Terra Indígena Atikum há vinte aldeias, entre as quais Alto do Umã (sede do posto), Olho d'Água do Padre, Casa de Telha, Jatobá, Samambaia, Sabonete, Lagoa Cer-cada, Oiticica, Areia dos Pedros, Serra da Lagoinha, Jacaré, Bom Jesus, Baixão, Estreito, Mulungu, Boa Vista e Angico (dados de 1998).
Conforme o "Memorial descritivo de delimitação (AI Atikum)" da FUNAI, de 1989, contava naquele ano com uma população de 3.582 indivíduos. Segundo cartografia oficial, a área localiza-se na região da serra das Crioulas e Umã, nos limites do atual município de Carnaubeira da Penha, sertão de Pernambuco. Os índios, no entanto, apontam a Serra do Umã como seu território indígena.
A aldeia mais importante na área indígena é Olho d’Àgua do Padre, que desde a fundação da reserva, funciona uma feira dominical frequentada também por não índios que lá estabelecem trocas comerciais e outros negócios, bem como promovem atividade política em período eleitoral. Além disso, tudo cabe apontar a presença constante de posseiros e fazendeiros na área Atikum.
Os atikum não preservam muitos traços culturais. Ainda dançam o Toré, e praticam o chamado “gentio”, em local afastado realizam reuniões secretas, que segundo alguns relatos são semelhantes aos cultos afrobrasileiros. Seus traços físicos indicam uma forte miscigenação com o negro, provavelmente grupos fugidos da escravidão que se instalaram na Serra do Umã.
           
Referência Bibliográfica


[1] Alunos do 3º Informática do Ensino Médio Integrado do IF SERTÃO PE, Campus Petrolina.

Projeto de Pesquisa: Índio brasileiro: Donos da Terra?

O blog é uma atividade do Projeto de Pesquisa: índio brasileiro: Donos da Terra. Tendo como objetivo proporcionar espaços para conhecimento e valorização dos povos indígenas do sertão pernambucano, a fim de possibilitar aos alunos perceber o processo histórico do povo indígena, destacando suas contribuições na formação identitária da cultura brasileira. A metodologia didática para aplicação da Lei 11.645/08 utilizada é a pesquisa bibliográfica para a construção de conhecimentos sobre o povo indígena através de recorte temático e da seleção de conteúdos didáticos da disciplina de História do Ensino Médio Integrado do IF SERTÃO PE, Campus Petrolina, com as turmas do 2º ano, do Curso de Química e do 3º ano, do Curso de Informática, com as temáticas: O Europeu e os Indígenas – Século XVI; A Colonização do Sertão e Resistência Indígena – século XVII e XVIII e Comunidades Remanescentes Indígenas do Sertão Pernambucano. A pesquisa tem o início no mês de março e finalizará no mês de outubro de 2011. Ao longo do desenvolvimento do Projeto outras modalidades de divulgação serão desenvolvidas pelos membros da pesquisa. Por fim, o blog tem a pretensão de divulgar e ampliar conhecimentos sobre os povos indígenas do sertão na comunidade educativa do Campus Petrolina, percebendo seu papel como sujeito histórico, na contribuição para o combate a discriminação e para maior convivência com a diversidade e pluralidade cultural da sociedade brasileira.